Pode parecer estranho um livro sobre jornal impresso hoje em dia, posto que as gerações nativas digitais usam as telas dos smartphones, laptops e tablets para ler, mas o fato é que ainda há espaço para este formato. Jornais de bairro e comunitários ainda podem distribuir conteúdo dessa maneira. Este formato também pode ser útil para igrejas, associações, sindicatos, faculdades e outras instituições.
Então, se você é um comunicador que está pretendendo criar um veículo de comunicação físico, só que ainda não tem prática com isso, ou ainda está estudando jornalismo, talvez o livro Jornal impresso da forma ao discurso – laboratório tenha alguma coisa a lhe ensinar. É sobre ele que vou comentar logo a seguir. Acompanhe.
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Conhecendo o livro Jornal Impresso da Forma ao Discurso – Laboratório
Jornal impresso da forma ao discurso – laboratório é um livro com conteúdo elaborado nos laboratórios do Serviço à Pastoral da Comunicação (SEPAC), das Irmãs Paulinas (instituição integrada à Igreja Católica Apostólica Romana), que se dedica a formar agentes pastorais e sociais nas áreas de cultura e comunicação. A obra faz parte de uma coleção da Paulinas Editora, que também inclui livros sobre rádio, publicidade, teatro em comunidade, internet, oratória e vídeo.

A edição que eu tenho em mãos é de 2007. Ela tem 103 páginas no estilo lombada quadrada fixadas com cola termoplástica aquecida. Todavia, versões mais recentes podem ter 88 páginas e lombada canoa, com folhas fixadas com grampo ou costuradas. Mas isso não importa muito, já que o conteúdo de ambos é o mesmo. Os dois também tem as dimensões 13.5 x 0.6 x 20 cm.
O conteúdo, aliás, foi escrito por Rosane S. Borges com base em textos do professor Roberto Elísio dos Santos e da professora Fábia A. Dejavite. São 6 capítulos que abordam breve história e conceitos do jornalismo, as características que um repórter deve ter, os gêneros jornalísticos, a redação da notícia, a criação de títulos e a edição do jornal. A linguem é simples, a autora vai direto ao assunto, sem enrolação.
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Ao longo dessa leitura, um aspirante à comunicação social ou um estudante de jornalismo pode reconhecer alguns temas já estudados e aprender outros que ainda não conhece. Entre um capítulo e outro, Rosane discorre sobre pautas jornalísticas, fontes, entrevista, as formas de citar as fontes na notícia, a estrutura que um jornal deve ter. É um mini curso de jornalismo. O livro tem coisas que se aprendem na faculdade, mas em formato resumido.
Para quem o livro Jornal Impresso é bom?
Eu estava, se não me engano, no primeiro ano da faculdade de jornalismo ou prestes a iniciar o curso quando comprei o livro Jornal impresso da forma ao discurso – laboratório. Só que eu não fui simplesmente em uma livraria e peguei ele na prateleira, assim, do nada. Antes disso, eu havia acabado de fazer uma oficina de comunicação, se me lembro bem, na Livraria Paulina, em São Paulo. Comprei o livro lá, influenciado pela professora, uma freira do SEPAC.
Na época, achei esse livrinho o máximo. Pequeno, prático, direto. Não fiz nenhum jornal utilizando o conteúdo dele. No entanto, ele me ajudou a sonhar com essa possibilidade. Por isso, respondendo à pergunta fundamental dessa resenha, posso dizer que esta obra é boa neste sentido e contexto, ela pode motivar futuros comunicadores.
Além disso, também pode ser bom para quem acabou de concluir a faculdade e quer fixar o que aprendeu. Lendo essas páginas você pode se recordar facilmente de tudo o que estudou nas aulas de jornalismo.
Certamente, você não vai criar o próximo jornal Folha de S.Paulo ou Estadão lendo esse pequeno livro da Paulina Editora. Porém, como dito no início, ele pode sim lhe instruir na hora de montar um pequeno jornal impresso de bairro, de igreja ou de comunidade, mesmo que você seja um completo leigo em jornalismo. Ele pode, sim, ser uma excelente aquisição para a sua biblioteca pessoal.



