Substack é uma plataforma de publicação de newsletters que possibilita que jornalistas possam veicular e monetizar conteúdo na internet por meio da oferta de assinaturas. Funciona assim, primeiramente você escreve e publica seu conteúdo, e depois coloca uma restrição de visualização nos artigos mais importantes. Dessa maneira, esses artigos só poderão ser acessados por leitores que pagarem por isso.
História do Substack
A plataforma Substack foi lançada em 2017, isto é, há apenas 8 anos. Ainda é uma “criança”, mas já está fazendo muito sucesso, principalmente entre os jornalistas independentes e redações inovadoras. Os fundadores Chris Best, Hamish McKenzie e Jairaj Sethi desenvolveram o projeto com a finalidade de proporcionar uma conexão direta entre os escritores e os leitores. E parece que conseguiram cumprir a meta.
10 recursos incríveis para jornalistas
- Monetização por assinatura: principal atribuição da Substack, esse recurso permite que jornalistas cobrem os leitores por meio de assinaturas mensais ou anuais de newsletters;
- Facilidade de uso: a interface da plataforma é simples para escrever, mas ao mesmo tempo não descuida do design. Permite criar, editar e publicar sem conhecimento técnico;
- Estatísticas de leitura: a Substack fornece dados como a taxa de abertura de newsletters, número de cliques e o crescimento da base de leitores;
- Integração com podcasts: a plataforma permite que você inicie um podcast por assinatura rapidamente. Você pode distribuir para ouvintes na Apple e Spotify;
- Publicação multiformato: além de textos de blog e newsletter, jornalistas podem publicar imagens, vídeos e áudios; e até mini posts em formato de redes sociais;
- Gestão de comunidade: o sistema de comentários da plataforma possibilita criar fóruns para discussão dos assuntos veiculados no blog e nas newsletters;
- Sistema de recomendações: autores podem recomendar uns aos outros, aumentando o alcance de suas publicações dentro da plataforma;
- Domínio personalizado: você pode adicionar um domínio personalizado com final <.com>, por exemplo, e dessa forma aumentar a credibilidade do seu conteúdo;
- Ferramentas de SEO: a Substack é otimizada para motores de buscas. Desse modo, suas publicações podem ser encontradas no Google, Bing e outros sistemas;
- Modelo de negócios para notícias locais: jornalistas podem criar seus sites de notícias de bairro ou cidade e, além disso, distribuir o conteúdo via e-mail.
De acordo com dados do artigo “Por que criar no Substack é tão bom (e tão ruim)” de autoria do editor Luri Ribeiro, ele próprio um conteudista da referida plataforma, a Substack teria alcançado em 2023 a marca de 30.000.000 (trinta milhões) de usuários. Em 2020 ela teria apenas 100.000 (cem mil) assinaturas pagas, alcançado 4.000.000 (quatro milhões) em 2025, o que equivale a um aumento de 3.900% no período.
Quem já está utilizando a plataforma Substack?
O editor do Racket News, Matt Taibbi; a criadora e editora do The Free Press, Bari Weiss; o economista vencedor do Prêmio Nobel e colunista do The New York Times, Paul Krugman, são alguns exemplos de jornalistas que já estão utilizando a plataforma Substack para publicar conteúdo pago.
Jornais inovadores como o estadunidense conservador The Dispatch; o investigativo Popular Information; e o periódico que aborda a China, Sinocism, também estão atuando a partir da Substack, fornecendo newsletters pagas para os leitores.
Comece gratuitamente
Você não precisa pagar para usar a plataforma Substack inicialmente. Basta se cadastrar, criar seu site, publicar seus artigos que são distribuídos via e-mail e em sites de buscas como o Google. Tudo isso vai funcionar sem que você precise pagar um centavo. Entretanto, no momento em que ativar o sistema de assinaturas, a Substack ficará com um percentual de 10% dos seus ganhos. Outros 3% vão para o processador de pagamentos, o Stripe, por exemplo. Enfim, os 87% restantes vão para a sua conta.
Já entre os brasileiros que usam a plataforma Substack estão, por exemplo, o jornalista investigativo, Leandro Demori; o editor do blog Página Cinco, Rodrigo Casarin; o projeto literário e jornalístico independente, Contos Andantes; e o Tá Todo Mundo Tentando, da repórter Gaía Passarelli.
Como visto, a plataforma conta com ótimos recursos para quem encara a produção e publicação de conteúdo como uma profissão. Ela permite cobrar pelo conteúdo noticioso, sendo dessa maneira uma fonte de receita que pode ajudar na sustentabilidade do jornalista e do seu veículo de notícias.
